O rei Jorge VI tinha uma missão:
fazer um importante discurso para todo o Reino Unido no início da II Guerra
Mundial, e para isso tinha de ser confiante, falar bem e demonstrar segurança
para toda a população. Mas era gago. A história de sua superação foi retratada
no filme “O Discurso do Rei”, de 2010.
Encarar uma plateia requer
técnicas repetidas exaustivamente. É importante saber o que fazer e o que evitar:
01- O inimigo é a tensão – a voz falha,
falta postura corporal, vícios de linguagem, nervosismo, não consegue passar
credibilidade. Portanto, o 1º passo é ficar
tranquilo.
02- Drible o despreparo – não ter
planejamento é garantia de que algo sairá errado. Crie um roteiro simples de e fácil compreensão e treine.
03- Vá direto ao ponto – cuidado para não se
repetir. Mostre seus objetivos, dando visão geral do assunto. Não fale demais.
Diga o que tem a dizer e, em seguida, pare.
04- Evite o discurso descontextualizado – pode
acontecer que parte da plateia não saiba do que você está falando. Uma
sugestão, neste caso, é explicar rapidamente o contexto, usando frases como:
“como a maioria já sabe”, vou repetir algumas informações para alinhar o tema”.
05- Não ignore o público-alvo – os ouvintes
não são iguais. É preciso considerar o nível sociocultural, faixa etária, a
formação acadêmica. Cuidado com o vocabulário:
há três tipos: técnico/profissional, informal
e formal. O informal é o mais utilizado
pelos oradores por ser mais natural. Mas
não pode ser pobre e vulgar, com tiques e vícios de linguagem, como “né”, “então”.
06- Nunca subestime o poder da voz – fala
desarticulada e dicção sofrível quebram qualquer encanto. Exercícios de
respiração, entonação, intensidade, ritmo, velocidade podem transformar a voz
em um instrumento bem afinado. Utilize o tom natural da fala.
07- A linguagem do corpo – gesticular em
excesso, cruzar os braços, mexer no cabelo, desviar os olhos demonstram
insegurança, agitação. Os movimentos corporais e as expressões faciais são recursos que
favorecem o entendimento. Procure vestir-se de modo adequado ao auditório e à situação.
08- O microfone
– Fale com sua voz habitual, à distância de uns 15 centímetros entre a boca e o
microfone. Não dê tapinhas no microfone. Ao testá-lo, diga algo como: “Bom dia,
posso ser ouvido com clareza?” Se o equipamento apresentar problema, continue
sua fala até que alguém o conserte. Se não for possível usá-lo, solte mais a
voz, mas não exagere.
09- O cuidado material – Ao utilizar slides:
não exagere no volume de informações; não se limite a ler o que está projetado
na tela; evite o projetor ligado o tempo todo; não dê as costas para o
auditório, nem entre na frente da projeção.
10- O encerramento – A última coisa que
disser deverá ser a mais lembrada. Não fale demais e encerre sua apresentação
com uma mensagem consistente.
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