segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Pinturas trabalhadas por Ana Paula, professora de artes.


Dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra e aniversário da Morte de Zumbi dos Palmares.

Participamos nesta última sexta-feira  da caminhada pela conscientização contra o racismo, e ela representou um fragmento do trabalho intensamente desenvolvido por nossos professores de história e arte, em consonância com o sarau que abordou o mesmo tema. Mais uma vez pudemos observar que novos olhares, que inspiram novas práticas frutificam e consolidam conhecimentos. Parafraseando Martin Luther King, o que preocupa na sociedade não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons. Ótima aula de consciência humana. Parabéns equipe!

Kelly, vice-diretora


 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL


Os alunos Saymon Faria, Ariana Barros e Letícia Zatt, do 6º período de Psicologia, Unifenas, estiveram aqui na escola, promovendo uma reflexão sobre o assunto.

Foram 4 encontros sobre orientação profissional, dinâmica e apresentação de vídeo motivacional.


A difícil escolha da profissão

Adolescentes de 16, 17 anos, prestes a fazer vestibular, encontram nessa pergunta uma dose ainda maior de tensão e responsabilidade. "Normalmente, o adolescente fica em dúvida sobre que profissão seguir porque gosta de muitas áreas e confunde hobby com interesse profissional", ressalta Gilvanise Vial, psicóloga que atua com orientação vocacional.

O adolescente está passando ainda por um período de autoconhecimento em várias áreas, aprendendo sobre o que gosta ou não gosta. "Nessa fase, ele precisa definir a sua identidade, ou seja, está estabelecendo quem ele quer ser ou quem não quer ser", observa a psicóloga Thalita Freire Maia.

Isso não significa, entretanto, que o jovem nessa faixa etária não está preparado para escolher sua profissão. "A escolha profissional não depende da idade, mas sim da maturidade de cada um", considera a psicóloga Milene Buschle Moura. "Com 16 anos, um adolescente pode estar pronto para escolher sua profissão, porém nem todos os adolescentes de 16 anos estão", exemplifica Milene. A capacidade de decisão é formada desde a infância quando a criança tem a oportunidade de escolher algumas coisas sem a ajuda dos pais, assim, quando chega na hora de decisões importantes sente-se mais seguro para encará-las.

Ter vários conhecimentos é fundamental para decidir. O primeiro é o conhecimento de si mesmo, de suas habilidades, gostos e, até mesmo, limitações. Para estas psicólogas, o jovem precisa ter consciência de quem ele é o que deseja para o futuro para, assim, achar profissões compatíveis com seus interesses. O segundo passo é conhecer muito bem as profissões: ler, conversar com quem está atuando no mercado de trabalho, acompanhar se possível a rotina de um desses profissionais e até avaliar a grade curricular da faculdade na área. "Com esse conhecimento, o jovem poderá avaliar com mais clareza e segurança o que realmente lhe interessa e que está de acordo com seu perfil", salientam.

Os pais também têm um papel importante para essa escolha. É fundamental que eles compartilhem suas experiências com a profissão, como foi a sua entrada no mercado de trabalho, as habilidades que identificam em seus filhos, mas sem impor a sua vontade. "O ideal é que eles ofereçam apoio nesse momento e possam ajudar os filhos a ter autonomia e maturidade para uma escolha consciente e segura", orienta Thalita. É importante frisar que não há nada de errado em seguir a carreira dos pais, contanto que o jovem realmente se interesse pela profissão.

Quem quer dinheiro

Muitos jovens ainda escolhem sua carreira pela quantidade de dinheiro que poderão ganhar no futuro e isso, é claro, é uma preocupação necessária para a sobrevivência. Entretanto, uma escolha profissional consciente não deve se basear apenas no fator financeiro, mas deve somar às características pessoais e o interesse em exercer uma profissão. "Se a pessoa escolhe uma profissão visando apenas o ganho financeiro tem que se responsabilizar por isso, sabendo que seu objetivo é o salário e não a satisfação profissional. Inclusive, precisa trabalhar com o mesmo envolvimento de quem escolheu a atividade por prazer", frisa Gilvanise.

A escolha profissional é, provavelmente, a primeira grande escolha da vida de um indivíduo e vai se refletir em oito horas diárias por cinco dias na semana, por isso, vale uma reflexão profunda.


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

SARAU NA ESCOLA

PROPOSTA DE AÇÃO
Realizar saraus periódicos na escola como estratégia para atrair as famílias, valorizando os talentos culturais presentes na comunidade.

CONTEXTUALIZAÇÃO
Sarau é um evento cultural onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se  manifestarem artisticamente. A palavra tem origem no termo latino serus (relativo ao entardecer), porque acontecia, em geral, no fim do dia. Pode envolver dança, poesia, círculos de leitura, seção de filme, música, bate-papo filosófico, pintura, teatro etc.
Muito comuns no século XIX, os saraus vêm sendo resgatados e reinventados pelas escolas como uma maneira de fortalecer a identidade da comunidade escolar, promovendo a integração de todos de forma descontraída, criativa e mais envolvente do que a tradicional reunião de pais.
É um momento para a soma conhecimentos, descobertas e vivências coletivas.
Ao promover esses encontros, a Unidade Escolar ultrapassa seus muros e se fortalece como um pólo cultural da localidade. As famílias passam a se reconhecer na escola, o que acaba por ter um impacto muito positivo no envolvimento delas com os estudos dos filhos.
Além disso, o sarau é também um momento de tomada de consciência, pois a cultura desperta a sensibilidade das pessoas para a realidade à sua volta e as estimula a refletir sobre ela a partir de outras linguagens.

COMO EXECUTAR
 Marcar uma reunião para compartilhar a ideia com a  direção da escola, o grupo de professores e o Conselho Escolar (caso exista). Se  for bem recebida, formar uma comissão organizadora.
 A Comissão Organizadora deve então preparar uma reunião de planejamento, na qual devem ser definidos os objetivos e as características do evento, o horário, as tarefas necessárias à sua realização e os responsáveis por cada uma delas.
 Os saraus podem acontecer bimestralmente, sempre com um tema diferente que reflita os desejos e a realidade local.
 Mapear os grupos e artistas locais e convidá-los a participar.
 Levantar os equipamentos necessários para a realização das atividades e procurar parceiros que possam emprestá-los.
 Planejar a ambientação da escola segundo o tema de cada sarau. A decoração pode ser feita pelos alunos, como trabalho de sala de aula.
 Criar estratégias de mobilização da comunidade, como convites para enviar às famílias e cartazes para espalhar pela escola e em outros pontos do bairro. Um grupo de alunos pode criar um “convite falado” e apresentá-lo na saída das aulas.
Convidar os funcionários da Unidade de Negócio e o grupo de agentes-chave para que também possa compartilhar conhecimentos e vivências com os alunos, participando ativamente das atividades.

QUEM PODE EXECUTAR
Mobilizadores, agentes-chave, professores, alunos e representantes do Conselho de Escola.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
Obs: a atividade pode ser adaptada conforme a realidade local e os conhecimentos prévios do mobilizador sobre o assunto.
As atividades do sarau devem ser planejadas de acordo com os interesses e talentos locais.
Apresentamos algumas sugestões:
1Mesa de livros
Selecionar livros da biblioteca da escola (e outros doados/emprestados por parceiros) espalhá-los sobre uma mesa grande. Os convidados sentam em  volta e ficam livres para folheá-los, copiar trechos ou ler alto para o grupo. A única regra é que os livros não saiam da mesa.
Algumas sugestões de autores: Cecília Meireles, Cora Coralina, Vinícius de Moraes, Eva Furnari, Tatiana Belinky, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mário Quintana, entre outros.
2Exposição de artistas locais
Os artistas locais são convidados a se expressarem, nas suas diferentes linguagens, sobre o tema do sarau. Os trabalhos ficam expostos no pátio da escola.
3. Recital de poesia
Os participantes podem se inscrever para declamar poemas (de sua autoria ou não). Para esta atividade, é interessante que alguns professores proponham oficinas de criação de poesias previamente, em sala de aula.
4. Quintal de brincadeiras
Convidar membros da comunidade a organizar um espaço onde possam ensinar para as crianças brincadeiras de sua época. Outra ideia é criar um “cantinho mágico”, onde podem acontecer oficinas de construção de brinquedos com sucata.
5Momento de liberdade poética e musical
Espaço aberto para que qualquer pessoa possa apresentar algo que tenha interesse em apresentar na hora.
6. Exposição de arte
Murais onde podem ficar expostos desenhos, pinturas e outros trabalhos de arte visual feitos pelos alunos em sala de aula. 
7. Oficina de cordel
Há algum cordelista no bairro? Convide-o a fazer uma oficina de criação de cordéis, que depois podem ficar expostos num varal.
8Roda de contação de histórias
Professores, funcionários, pais ou mesmo alunos mais velhos podem conduzir esta atividade, voltada para as crianças. Sentadas em roda, elas ouvem a história contada pelo adulto e devem continuá-la, imaginando novos rumos para a trama. Em seguida, elas podem criar livros ilustrando a história. Para isso basta entregar folhas de sulfite dobradas ao meio e giz de cera. Eles podem ser finalizados grampeando ou amarrando um barbante na lombada.
9. Seção de cinema
Reservar uma das salas da aula (ou a própria sala de vídeo da escola, caso exista) para passar filmes que tenham relação com o tema do sarau. Ao final de cada seção, promover uma discussão sobre o assunto.
10 Memória viva
Rodas de conversa com moradores antigos do bairro, na qual os estudantes podem entrevistá-los sobre sua infância, seus tempos de escola, suas formas de diversão etc.
11Apresentações musicais
Convidar grupos locais a se apresentarem. Estipular um tempo ou número de músicas para cada um, orientando-os a se inspirarem no tema do sarau.
12. Oficina de artesanato
Membros da comunidade podem ensinar a fazer pequenos objetos de artesanato, de acordo com suas habilidades manuais.
13Brincando com poemas
Criar uma série de desafios com a escrita a partir  de poemas conhecidos. Alguns exemplos: completar lacunas com as palavras que estiverem faltando, entregar versos separados em pequenos pedaços de papel e pedir que o grupo junte-os para formar poesias, criação de rimas etc. Um grupo de professores pode ficar responsável por organizar esta oficina.
14. Teatro
Convidar grupos de teatro da escola ou comunidade local a montarem peças ou esquetes inspirados no tema do sarau.

RECOMENDAÇÕES
 Em cada sarau, deixar uma caixa de sugestões em local visível para que os convidados possam sugerir temas para o próximo encontro.
 Durante toda a organização do evento, é importante incentivar o trabalho em equipe, a auto-organização, a criatividade e a improvisação, além de trabalhar valores como cooperação, ética e solidariedade. O processo é muitas vezes tão importante quanto o produto final.
 O registro dos saraus pode ser feito pelos próprios alunos. Alguns podem tirar fotos, outros podem desenhar ou escrever relatos. Esse registro pode ser compartilhado em murais expostos na escola.
 As famílias podem ficar responsáveis por organizar  a área de comida, montando barracas de lanches e comidas típicas. O dinheiro arrecadado pode ser usado para fazer um caixa para o próximo sarau. 
 Além de ser um momento de descontração e resgate permanente da culturapopular, o sarau é também uma oportunidade de conhecer melhor o universo dos estudantes. Não perca a chance de usar isso como base para enriquecer o currículo da escola.  O sarau ganha mais significado se fizer parte do planejamento anual da escola e estiver integrado com as atividades de sala de aula.
O excesso de atividades pode complicar a organização do evento. Sempre que possível, promova a autogestão, deixando que os responsáveis  por cada oficina organizem o espaço e providenciem o material necessário.
 O sarau é uma oportunidade de fazer as famílias circularem pela escola. Por isso, procure espalhar as atividades pelos diferentes espaços: biblioteca, salas de aula, sala de leitura, quadra, sala de vídeo e outros locais normalmente esquecidos.
 O que garante o sucesso de um sarau é a participação efetiva dos convidados. Os coordenadores de atividades devem estar sempre atentos para motivar os mais tímidos.
 Fazer o registro da atividade e encaminhar o material (com fotografias) para ser publicado no Blog Educação.
Divulgar a atividade internamente na Unidade de Negócios, convidando os demais funcionários para prestigiar a escola.

OBSERVAÇÃO
A atividade aqui apresentada foi elaborada pelo Instituto Paulo Freire.





Veja no link abaixo a proposta se Sarau da escola EE Jornalista Francisco Mesquita, na zona leste de São Paulo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Alunos ministram oficinas para criação de fotonovelas sobre consciência ambiental


Ter, 22 de Setembro de 2015 14:36
Alunos do segundo e do quarto período do curso de Jornalismo do Centro Universitário do Sul de Minas se uniram em prol do Projeto “Água para Todos”, com a criação de fotonovelas sobre consciência ambiental. As oficinas de produção, roteirização de fotonovelas e técnicas de fotografia estão sendo lecionadas desde o começo de setembro para dez turmas do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Antônio Domingues Chaves.
De acordo com a Coordenadora do Curso, Profa. Gisele Nishiyama, esta é uma oportunidade de fazer valer o lado social da Comunicação. “Além de integrar turmas do curso, o projeto exige a preparação de conteúdos instrutivos, pesquisa sobre os recursos hídricos, maneiras eficientes para preservação da água e pequenos hábitos que possam fazer a diferença”, afirma.
Para a Professora de Biologia, Bruna Evelyn P. Silva, responsável também pela Coordenação e idealização do Projeto, o “Água para Todos não veio somente para despertar a consciência ambiental dos alunos participantes quanto à crise hídrica, pois espera-se também envolver em sua culminância, outras escolas na causa, e, juntos provarmos que a educação pode transpor muros, independente de raça, gênero ou classe social", enfatiza.
Para o aluno Cleiton Juventino, um dos responsáveis pelo desenvolvimento das oficinas, “encontramos alunos empolgados e interessados pelo projeto. A expectativa é que ao final, alunos, familiares e a escola tenham um impacto positivo, e que esta ação provoque a reflexão de outras instituições no município”, completa.
A universitária Sarah Müller aponta que a possibilidade de união de todo o Ensino Médio a favor de uma causa [a crise hídrica] é extremamente positiva, “além do fato de que de cada sala sairá uma fotonovela para a exposição, situação essa que gerou ânimo e espírito competitivo entre eles. Sempre que perguntávamos quem seria o líder e consequentemente o fotógrafo dos grupos, havia um grande alvoroço, isso nos contagiou bastante pelo interesse na área e pedidos por nossa ajuda”, comenta.
Para Junior Santos, “a expectativa para o projeto é grande, os alunos se mostraram empenhados com o projeto. Acho muito importante estimular os educandos a desenvolverem trabalhos que não fiquem somente na escola, e o diferencial dessa proposta é levar a  exposição das fotonovelas adiante”, conclui.
A culminância do projeto se dará no dia 02 de outubro, na Escola Estadual Professor Antônio Domingues Chaves, em que se espera como resultado fotonovelas que passem de forma bem-humorada e dinâmica a mensagem da importância de preservação da água para garantir um futuro sustentável.
http://portal.unis.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2441&catid=54&Itemid=182

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A EDUCAÇÃO NA FINLÂNDIA (Paula Adamo Idoeta)



Ensino finlandês é uma das referências mundiais em qualidade da educação.
Dona de um dos sistemas de ensino mais elogiados do mundo, a Finlândia recebeu, de fevereiro a julho deste ano, 35 professores de institutos federais brasileiros para treinamento e capacitação. Veja o que eles aprenderam lá:

1. Usar mais projetos nas aulas
Os professores entrevistados pela BBC Brasil dizem que projetos elaborados por alunos e a resolução de problemas estão ganhando protagonismo no ensino finlandês, em detrimento da aula tradicional.
São as metodologias chamadas de "problem-based learning" e "project-based learning" (ensino baseado em problemas ou projetos). Neles, problemas – fictícios ou reais da comunidade – são o ponto de partida do aprendizado. Os alunos aprendem na prática e buscam eles mesmos as soluções.
"Os projetos são desenvolvidos sem o envolvimento tão direto do professor, em que os alunos aprendem não só o conteúdo, mas a gerir um plano e lidar com erros", diz Bruno Garcês, professor de Química do Instituto Federal do Mato Grosso, que pretende aplicar o método em aulas de experimentos práticos.

Os professores brasileiros visitaram, na Finlândia, cursos superiores baseados inteiramente nessa metodologia.
"Um curso de Administração tem disciplinas tradicionais no primeiro ano. Mas, nos dois anos e meio seguintes, os alunos deixam de ter professores, passam a ter tutores, formam empresas reais e aprendem enquanto desenvolvem o negócio", diz Francisco Fechine, coordenador do Instituto Federal de Tecnologia da Paraíba.
Não é uma estrutura que sirva para qualquer tipo de curso, mas funciona nos voltados, por exemplo, a empreendedorismo, explica Joelma Kremer, do Instituto Federal de Santa Catarina.
"E os alunos têm uma carga de leitura, para buscar (nos livros) as ferramentas que precisam para resolver os problemas."
2. Foco na produção de conteúdo pelos alunos
A resolução de problemas e projetos é parte de um ensino mais centrado na produção do próprio aluno. Ao professor cabe mediar a interação na sala de aula e saber quais metas têm de ser alcançadas em cada projeto.
"Nós (no Brasil) somos mais centrados em o professor preparar a aula, dar e corrigir exercícios. O aluno faz pouco. Podemos dar mais espaço para o aluno avaliar o que ele vai desenvolvendo", diz a professora Giani Barwald Bohm, do Instituto Federal Sul-rio-grandense.
"No modelo tradicional de ensino, quem mais aprende é o professor. Lá (na Finlândia) é o aluno quem tem de buscar conteúdo, e o professor tem que saber qual o objetivo da aula. Para isso você não precisa de muita tecnologia, mas sim de capacitação (dos docentes)", agrega Joelma Kremer.

3. Repensar o papel da avaliação
Nesse contexto, a avaliação tem utilidade diferente, diz Kremer: "A avaliação está presente, mas os alunos se autoavaliam, avaliam uns aos outros, e o professor avalia os resultados dos projetos".
"Ao reduzir o número de testes (formais) e avaliar mais trabalhos em grupo e atividades diferentes, os professores têm um filme do desempenho do aluno, e não apenas a foto (do momento da prova)", diz Fechine.
"Conhecemos um professor de física finlandês que avaliava seus alunos pelos vídeos que eles gravavam dos experimentos feitos em casa e mandavam por e-mail ou Dropbox."
4. Usar tecnologia e até a mobília para ajudar o professor
A tecnologia não é parte central desse processo, mas auxilia o trabalho do professor em estimular a participação dos alunos finlandeses.
"Em vez de proibir o celular, os professores os usam em sala de aula para estimular a participação dos alunos – por exemplo, respondendo (via aplicativos especiais) enquetes que tivessem a ver com as aulas", conta Kremer.


Algumas salas têm mobília especialmente projetada para que os alunos possam ser agrupados ou separados
Salas especialmente projetadas e tecnologia amparam o trabalho do professor
"Isso torna a aula mais interessante para eles. E é complicado para a gente ficar dizendo, 'desliga o celular', algo que já começa estabelecendo uma relação de antipatia com o aluno."
Os professores brasileiros também conheceram algumas salas de aula com mobília especialmente projetada, diferente do modelo tradicional de cadeiras individuais voltadas à lousa.
"Muitas salas têm sofás, poltronas, mesas ajustáveis para trabalhos individuais ou em grupo e vários projetores", agrega Kremer. "É um mobiliário pensado para essa metodologia diferente de ensino."
Fechine vai reproduzir parcialmente a ideia no Instituto Federal da Paraíba, trocando as carteiras de braço por mesas que possam ser agrupadas para trabalhos.
5. Desenvolvimento de habilidades do século 21
A professora Giani Barwald Bohm conta que o ensino fundamental finlandês continua dividido em disciplinas tradicionais, mas focado cada vez mais no desenvolvimento de habilidades dos alunos, e não apenas na assimilação de conteúdo tradicional.
"São desenvolvidas competências do século 21, como comunicação, pensamento crítico e empreendedorismo", diz ela.
Para Fechine, estimular a independência do estudante é uma forma de romper o ciclo de "alunos passivos, que só fazem a tarefa se o professor cobrar, interagem muito pouco".
6. Intervalos mais frequentes entre as aulas
A Finlândia adota aulas de 45 minutos seguidas de 15 minutos de intervalo na educação básica – prática que Bruno Garcês acha que poderia ser disseminada por aqui. "Tira a tensão de ficar tantas horas sentado", diz.
Fechine também considera a ideia interessante, mas aponta que a grande carga horária no ensino médio brasileiro dificulta sua aplicação e lembra que na Finlândia ela é acompanhada de uma forte cultura de pontualidade. "As aulas começam no horário e aluno rapidamente entra na (rotina de) resolução de problemas."
7. Cultivar elos com a vida real e empresas
Muitos dos projetos dos estudantes finlandeses são tocados em parcerias com empresas, para aumentar sua conexão com a vida real e o mercado de trabalho, algo que Garcês acha que poderia ser mais frequente no Brasil.
"Aqui na área rural do Mato Grosso podemos ter uma interação maior com as fazendas locais, ministrando aulas a partir do que os produtores rurais precisam."
A vantagem disso é que o aluno vê sentido prático e profissional no que está aprendendo, explica Giani Barwald Bohm. "Ele desenvolve algo diretamente para o mercado de trabalho, que vai ter relevância para o próprio estudante e é contextualizado com as empresas locais. As empresas são envolvidas na organização e acompanham os alunos no dia a dia e até ficam de olho para contratá-los depois."

8. Formação mais prática e valorização do professor
A formação dos professores é apontada como a principal chave do sucesso do ensino finlandês. Os brasileiros observaram lá uma capacitação mais prática, voltada ao dia a dia da sala de aula, e mais interação entre o corpo docente.
"Algumas salas têm dois professores - um como ouvinte do outro caso seja menos experiente", relata Fechine.
"Há uma relação mais direta (entre os professores), com muita conversa entre quem dirige o ensino e quem dá aula", agrega Barwald Bohm.
"Além disso, há uma valorização cultural do professor lá, semelhante à de outras profissões. O salário é equivalente e as condições de trabalho dão bastante tempo para o planejamento das aulas", diz Bruno Garcês.



segunda-feira, 22 de junho de 2015


13 dicas para se concentrar na hora dos estudos

Por mais que você tente, está difícil fazer sua mente focar nos estudos? Veja as dicas de especialistas para resolver seu problema

Ana Carolina Prado | 17/04/2012 16h 30
Nosso cérebro é meio fanfarrão: na hora de pensar em estratégias para aquele jogo complicado de videogame ou de ler aquela revista que você adora, ele coopera facilmente. Mas quando é preciso sentar e estudar um pouco, parece não haver jeito de alcançar a concentração.
Isso fica ainda mais desesperador quando estamos em ano de vestibular e não temos tempo a perder. Para ajudar você nisso, o GUIA DO ESTUDANTE conversou com especialistas e pediu dicas para ajudar seu cérebro a se concentrar. Como cada pessoa tem um jeito de funcionar, nem todas elas serão igualmente eficientes para todo mundo. Então é bom fazer uns testes até descobrir quais dão certo para você.
Não se contente em ler: escreva!
Segundo o professor e autor de livros com dicas para estudos Pierluigi Piazzi, é importante estudar escrevendo, e não só lendo. "Quem só lê perde a concentração. Quem escreve consegue entender o assunto e mantê-lo na mente", explica ele.
Escreva à mão em vez de digitar
Pesquisas já mostraram que os alunos que fazem isso aprendem mais do que quem só digita. "Você tem movimentos totalmente distintos para escrever cada letra a mão, mas isso não existe quando você está digitando. Isso faz com que mais redes neurais sejam ativadas no processo da escrita", diz o professor.
Como saber o que vale colocar no papel 
Faça resumos, fichamentos e esquemas da matéria. Mas nada de ficar copiando todo o conteúdo dos livros. Para saber o que vale escrever, faça de conta que você está preparando uma cola para uma prova. Por ter pouco espaço e pouco tempo para consulta-la, é preciso ser conciso, mas ao mesmo tempo abordar os pontos principais. É disso que você precisa quando for estudar.

Revise a matéria que aprendeu em aula no mesmo dia
Além de evitar acumular matérias, estudar o conteúdo visto em sala de aula no mesmo dia fará com que seu cérebro entenda que aquilo é importante e o memorize.

Estude sozinho
Vamos combinar que, por mais legal que seja se reunir com os amigos para estudar, você acaba falando mais de outras coisas e as dúvidas permanecem. O professor Pierluigi é um grande defensor da ideia de que só se aprende mesmo no estudo solitário. "Estudar em grupo é útil se você for a pessoa que explica a matéria para os outros. Quem ouve não aproveita", diz ele. A melhor dica para um bom estudo, aliás, é explicar a matéria para si mesmo.

Use as aulas para entender as matérias e tirar dúvidas
Um erro comum, segundo o professor Pierluigi, é fazer dois cursinhos para ter um maior numero de aulas - o que realmente vai fazer diferença no vestibular é o momento em que você estuda sozinho, não o número de aulas que pegou. Mas isso não significa que vale cabular ou dormir nas aulas: elas são importantes para entender a matéria e tirar dúvidas.

Desligue todos os aparelhos eletrônicos.
 Na hora de estudar, nada de deixar o celular por perto avisando você de cada notificação no Facebook. E nem caia na tentação de abrir o Facebook só por "dois minutinhos". Esses dois minutinhos sempre se estendem e acabam com toda a sua concentração. Reserve um tempinho do seu dia só para as redes sociais e faça isso virar rotina para que se acostume a checá-la apenas nesse tempo específico.

Estude em um local organizado e tranquilo
O resto da sua casa até pode ser uma bagunça, mas o local onde você costuma estudar precisa estar sempre organizado e silencioso. Ter muitas coisas espalhadas pode atrapalhar a sua concentração e há o risco de perder tempo procurando coisas que sumiram na bagunça.

Música? Só em línguas que você não entenda 
Não é proibido estudar ouvindo música - há quem precise dela para se concentrar. Mas evite ouvir músicas em idiomas que você entenda - isso pode fazer com que você desvie sua atenção para a letra e esqueça a matéria.
Use marca-texto
Usar canetas coloridas e marca-texto para enfatizar os pontos principais é uma boa ajuda para manter o foco no que for importante, especialmente se você tem problemas mais sérios de déficit de atenção. Post-its também podem ser úteis.

Respeite seu tempo
Se você é mais produtivo de manhã, deixe para estudar as matérias mais difíceis nesse período. Quando sentir que a concentração não está rolando de jeito nenhum, faça uma pequena parada e depois volte. Manter intervalos regulares é fundamental - e a frequência vai depender do seu ritmo.

Tenha uma programação organizada, mas seja flexível
Use uma agenda ou quadro branco para organizar suas tarefas e respeite-a! Mas faça programações realistas para que você não se desanime. Definir que você vai estudar durante oito horas por dia se você tem várias outras atividades, por exemplo, não é algo razoável. E esteja aberto para mudanças, caso seja necessário.
Crie um pequeno ritual antes de estudar
Sempre que for mergulhar nos estudos, crie e respeite um ritualzinho antes. Pode ser um alongamento, pegar um copo de suco para deixar na sua mesa, ou que mais achar melhor. Com o tempo, seu cérebro vai entender que é hora dos estudos e ficará mais fácil se concentrar.

terça-feira, 5 de maio de 2015

ALTERAÇÃO DA DATA DE REUNIÃO DE PAIS:


Contamos com a presença e participação de todos para entrega de boletins dos alunos, no dia 12/05, às 18h.


 A Direção

quinta-feira, 23 de abril de 2015

PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA DE ESTAGIÁRIOS DE NÍVEL MÉDIO E TÉCNICO

REGULAMENTO Nº 02/2015 A CAIXA, por intermédio da Gerência de Relacionamento com o Empregado – GEREM e do CENTRO DE INTEGRAÇÃO EMPRESA ESCOLA - CIEE, nos termos do Contrato n° 1558/2014, torna pública a realização de processo seletivo para formação de cadastro reserva para estágio remunerado de nível médio e técnico, com fundamento na Lei 11.788 de 25 de setembro de 2008, conforme as disposições a seguir:
 1. DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES:
 1.1 O processo seletivo é destinado à formação de cadastro reserva para o preenchimento de vagas de estágio de nível médio e técnico que surgirem durante o período de validade deste Regulamento, sendo que 10% (dez por cento) das vagas serão asseguradas aos estudantes com deficiência;
 1.2 O processo seletivo será executado e acompanhado pelo Centro de Integração Empresa Escola – CIEE;
 1.3 Poderão participar do processo seletivo estudantes que estiverem com matricula e frequência efetiva em ensino regular nas instituições de ensino médio e técnico, vinculados ao ensino público ou particular, cursando do 1º ao penúltimo semestre do curso, respeitando a política interna e as condições de cada Instituição de Ensino e a idade mínima de 16 anos no ato da assinatura do termo de compromisso de estágio;
 1.4 Estudantes que comprovadamente participam de Programas Sociais que combatam a exploração sexual ou ao trabalho infantil (Programa Vira-Vida do SESI) terão pontuação extra no processo seletivo, conforme discriminado no item 3.2 deste Regulamento.
 1.5 Cursos autorizados a participar desta seleção: - Ensino Médio; - Educação Jovens e Adultos; - Técnico em Administração integrado ao ensino médio; - Técnico em Finanças integrado ao ensino médio; - Técnico em Secretariado integrado ao ensino médio; - Técnico em Administração; - Técnico em Segurança do Trabalho integrado ao ensino médio; - Técnico em Segurança do Trabalho;
1.6 Serão consideradas como etapas do processo de seleção: 1ª Etapa: Inscrição; 2ª Etapa: Prova on-line; 3ª Etapa: Entrevista Estruturada na Unidade da Caixa;
1.6.1 Os/as candidatos/as que não realizarem ou realizarem de forma incompleta, uma ou mais etapas do processo de seleção, no prazo determinado, serão automaticamente eliminados.

2. – DOS PROCEDIMENTOS PARA INSCRIÇÃO E PROVA:
 2 2.1 As inscrições, serão realizadas gratuitamente no site do CIEE (www.ciee.org.br) a partir do dia 13/04/2015 até às 23h59min. (horário de Brasília) do dia 26/04/2015: 2.2 Para realizar a inscrição acesse: => www.ciee.org.br => ESTUDANTES => PROCESSOS SELETIVOS => Logotipo CAIXA;
2.2.1 Estarão disponíveis o Regulamento e o formulário para preenchimento da inscrição;

Para baixar o edital na íntegra, acesse o link:
http://www.ciee.org.br/portal/estudantes/pe/pseletivo/index_caixa_jan15.asp

segunda-feira, 16 de março de 2015

14 de março: DIA NACIONAL DA POESIA

Você sabia que a poesia nacional tem um dia no calendário dedicado a ela? Pois bem, não por acaso, no dia 14 de março comemoramos o Dia Nacional da Poesia.

Criada para difundir a poesia e a linguagem literária, a data foi escolhida para homenagear um de nossos maiores poetas, CASTRO ALVES, nascido em 14 de março de 1847.

Castro Alves foi um praticante, entre muitos outros, da poesia libertária que se associaria para sempre ao seu nome. Alguns de seus contemporâneos gozaram de mais fama que ele, naquele momento. Mas a permanência de sua poesia – em comparação com outros, que foram esquecidos – comprova não apenas a qualidade de seus versos, mas também a força de seu apelo político. 

quarta-feira, 11 de março de 2015

3 LIVROS QUE TODO VESTIBULANDO DEVE LER

O ENEM deixou mais evidente uma questão importantíssima aos estudantes de todas as idades: a importância da leitura. Confira 3 indicações de livros:

As últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM – deixaram mais evidente uma questão importantíssima a estudantes de todas as idades: a importância essencial da leitura, sobretudo, em fase de vestibular. Pensando nisso, decidimos investigar para trazer um levantamento sobre quais seriam os livros mais frequentemente cobrados em vestibulares pelo país inteiro. Chegamos a três nomes principais, que você não poderá deixar de ler. Quer saber quais são? Acompanhe a seguir.
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880)– Machado de Assis
Trata-se de uma biografia absolutamente atípica. Primeiro porque seu autor, já está morto; segundo, por ser uma obra ficcional; terceiro por ser visto, pela crítica especializada, como um dos maiores romances, não só de língua portuguesa, mas de todos os tempos. É preciso bastante imaginação para acompanhar as aventuras –e desventuras – desse personagem central – Brás Cubas – que é um agudo observador, não só do Rio de Janeiro de fins do século XIX, mas da alma humana e suas particularidade. Um verdadeiro tratado de filosofia, trazido para o cotidiano mais prático. Uma obra-prima – que merece ser lida por vestibulandos e por todo mundo.


 Vidas Secas (1938)– Graciliano Ramos


Esse impactante romance conta a história de um casal de retirantes do Nordeste brasileiro que precisa sobreviver, em meio a um cenário desolador: o do semiárido. Um dos mestres da literatura brasileira, Ramos se vale do discurso indireto livre, de modo a deixar o leitor em constante contato com o íntimo de seus personagens. Destaque para Baleia, um cachorrinho que é dos grandes personagens já escritos no Brasil.




Macunaíma (1928)– Mário de Andrade

Paradigma do movimento modernista brasileiro, em sua face literária, a obra apresenta um personagem que, como se diz no subtítulo do livro: não tem nenhum caráter. Texto de finíssima ironia, Macunaíma acaba sendo um grande arquétipo – envolto em toda sorte de ironias – do brasileiro típico. Preguiçoso, indolente, malicioso e feliz. É uma excelente base de reflexão sobre a visão de Andrade sobre seu povo e de como mudamos – ou não – mais de 8 décadas depois.


Não se esqueça de que essas são apenas as três opções mais comuns, mas há muitas outras leituras bastante relevantes, como: Iracema, de José de Alencar; Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida; O Cortiço, de Aluísio Azevedo, entre muitos outros.
Contudo, além do vestibular, é sempre bom lembrar que a leitura é algo fundamental para a vida, pois ajuda na aquisição de vocabulário, proporciona melhor repertório cultural e auxilia na formação de leitores, que, em último nível, se tornam pessoas mais capazes de realizar interpretação de textos de forma profunda e crítica. Cultive esse hábito!